segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Quando o apito é inimigo

O torcedor do ABC certamente deve estar imaginando como eram bons os tempos de quinto, sexto, até décimo colocado na tabela da série B, deste ano. Como foi bom, até mesmo, pensar que o acesso seria possível.

Mas aí o clube saiu do céu e, hoje, o inferno já o bate a porta. Sábado, na partida contra o ASA, o time errou quando não podia, se bem que não tanto quanto a arbitragem. Essa então foi campeã, recordista em incompetência. E se dizem que dirigente de futebol fala demais - isso eu concordo, mas desta vez devo parafrasear o vice-presidente de futebol do ABC: " uma quadrilha baiana atuou no Frasqueirão livremente..."

Para definir a atuação do árbitro Diego Pombo Lopes, só mesmo pegando emprestado um dos nomes dele: foi um verdadeiro 'pombão'. Se fora das quatro linhas o rapaz se diz modelo; dentro de campo ele não passa de um modelo a não ser seguido por quem deseja ser um sério profissional do apito.

Foto: diegopombo.com

domingo, 9 de outubro de 2011

Sorte ou competência?

No futebol nem sempre o melhor sai vencedor. São tantos os casos em que o time tem os tradicionais atributos que o definem como superior durante todo o jogo: é a tal posse de bola, volume de jogo e por aí vai, mas ao final amarga um resultado que não parecia o mais justo. É talvez o que Murici Ramalho define como "a bola pune". Pois bem: o ABC no jogo de sábado contra o Guarani esteve durante todo o primeiro tempo superior ao adversário, pra ser mais preciso até tomar o gol de empate. Ainda assim na segunda parte da partida o time ensaiou diversas vezes virar a partida, era um chute perdido de um canto ou ainda um lance mal aproveitado de outro, até que a sorte resolveu dar uma forcinha ao alvinegro. Certamente alguém deve me questionar: sorte? Competência mesmo! Para o ' iluminado' Geilson, na verdade foi uma forcinha divina, coisa de Deus. Independentemente se houve ou não uma "mãozinha"sobrenatural o fato é que não foi a primeira vez que um gol dessa maneira aconteceu. Contra o Salgueiro Ederson saiu do banco também para fazer o gol "salvador". Alheio a qualquer questionamento, até no campo religioso - e não parece ser sensato discorrer nessa seara, o ABC saiu vencedor, um resultado que fez o time se afastar da zona da degola e o deixa mais próximo de evitar a queda. Que assim permaneça.

sábado, 5 de março de 2011

Quanto vale?

As declarações de Dado Cavalcante, após ser demitido do América, podem até ter soado como falsa justificativa para quem havia acabado de perder o emprego. Mas algo merece uma melhor reflexão, principalmente da crônica esportiva. Quando se referiu à imprensa Dado tratou parte dela de 'toqueira', um adjetivo "novo"para denominar profissionais que recebem um 'extra' ou 'toco' para escrever ou falar bem dos sujeitos que os pagam. Dado não mentiu, infelizmente os toqueiros existem, alguns em maior ou menor vínculo promíscuo com empresários, jogadores e até com os clubes. Mas que eles existem, existem. Uma pena!

sexta-feira, 4 de março de 2011

Chega de blá, blá, blá....

Mais um técnico caiu no América. Já perdi as contas de quantos passaram pelo cargo nos últimos anos, assim como já cansei de ouvir a mesma 'ladainha'dos dirigentes pós-demissão. Com um discurso fraco, tal qual caldo de bila, os dirigentes tentam "animar"os torcedores jogando ao vento uma falsa impressão de mudança drástica nos próximos dias. Tudo balela, lorota. O prazo de validade da mudança no América já se venceu há muito tempo. A realidade cobra que o América abra mão de resultados rápidos. O clube precisa se reunir - e também se unir, claro, projetando o América para conquistas futuras. Vejamos o caso do ABC, por exemplo, que passou um longo período fora de qualquer série, mas conseguiu se reerguer e hoje abriu uma diferença considerável em relação ao América. Não cabe mais continuar apegado ao modelo "jurássico"de gestão, baseado tão somente na figura de abnegados e, o pior, em muito blá, blá, blá. Humildade não faz mal a ninguém, pelo contrário.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Mais um adeus

Ainda não foi no primeiro turno e o América adiou, mais uma vez, o sonho em chegar a uma final. E de quem é a culpa? Os "cegos"dirão que foi da arbitragem, do gramado, da imprensa, da chuva ou talvez do sol. Justificativas, bizarras inclusive, não faltam para alguns.

Oh Capitan


Além da classificação à próxima fase da Copa do Brasil o torcedor alvinegro anda também comemorando a boa fase de Ricardo Oliveira. Dono da braçadeira de capitão da equipe, Ricardo Oliveira é também o mais experiente - e entenda experiência considerando principalmente a idade. Além de uma técnica diferenciada Ricardo Oliveira é daqueles jogadores que a imprensa esportiva condiciona chamar de 'pulmão de aço', um autêntico polivalente.


Foto: site abcfc

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Tudo como antes

A mudança proposta e, até, ensaiada pelo América ainda não ocorreu. Pelo menos dentro de campo os resultados são os mesmos do passado; fora das quatro linhas as desavenças também. O desabafo do presidente do clube, Clóvis Emídio, através do blog Vermelho de Paixão, só confirma o quanto o América segue desunido, cheio de vaidades e sem nenhuma perspectiva em alcançar o profissionalismo proposto. E o pior, é que o prazo de validade para a execução da mudança radical sempre é expirado sem que nada tenha sido resolvido.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Muita reza nesta hora

Inevitavelmente ao final de todo clássico sempre há questionamentos quanto ao trabalho da arbitragem. Ou é um penalti não marcado, um impedimento que não existiu, enfim situações não faltam para que um dos dois lados ponha em xeque o desempenho do árbitro e de seus auxiliares. Depois de quatro rodadas o Campeonato Estadual deste ano já apresenta um número elevado de reclamações contra o dono do apito. Domingo acontece o grande clássico e a arbitragem será mesmo local. Algo errado? Sim, pelo menos neste momento. O mais sensato seria apostar numa arbitragem de fora.

E ninguém para


Um início de Campeonato como há muito a torcida do América não via. Em quatro jogos disputados, quatro vitórias, cem por cento de aproveitamento e, de quebra, líder isolado da competição. A última vítima foi o Alecrim, num clássico que serviu como um bom teste de fogo para a equipe de Dado Cavalcante antes de enfrentar o maior rival, no domingo. Mas voltando ao desempenho do América devo concordar que a equipe está longe de um futebol empolgante, com jogadores diferenciados e que, de imediato, caiam nas graças da torcida. Mas e daí? certamente questionará um torcedor. E ele tem razão! Neste momento encher os olhos do torcedor com um futebol empolgante é o de menos, ninguém quer mais saber de maior posse de bola, volume de jogo, dados estatísticos comuns no passado recente do clube. O torcedor rubro quer mesmo é vitória e não importa se o placar é magro ou numeroso. Tudo para deixar a fila de espera e voltar a sonhar com dias melhores.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

É hora de descer do salto


O termo salto alto é muito antigo no futebol, talvez esteja até em desuso, mas não no caso do ABC. Competente em 2010, o clube só acumulou elogios e bons resultados. Um aproveitamento que garantiu-lhe, de forma antecipada, crédito ao título estadual. Todos, sem exceção, apontavam nesse sentido. A vitória na estréia só fez aumentar as expectativas, como se, de fato, o ABC estivesse sobrando neste campeonato. O técnico Leandro Campos logo fez o alerta: pediu seriedade. O treinador neste caso parecia prever, talvez tenha sentido ou sinta que os jogadores encheram o peito e subiram nas tamancas, numa clara demonstração de pura soberba. Se fora das quatro linhas tudo parece impecável, dentro de campo o favorito ABC apresenta fragilidades. Certamente a derrota foi um alerta, ainda que teoricamente tenha o melhor elenco e que seja mesmo candidato ao bicampeonato estadual. Mas é preciso repensar algumas situações. Vale a pena insistir com Totonho? A vitória do Santa Cruz foi merecida, justa. O ABC não jogou com “tesão”, com fome em sair vencedor.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Álbum


Sempre que possível vou compartilhar, através de fotos recentes ou antigas, a rotina de trabalho no rádio e na TV. Começamos com esta foto de 2007 durante a transmissão do jogo Confianca e ABC, pela série C do Brasileiro, no estádio Lourival Batista, o "Batistao", em Aracajú. Lembro que foram quase doze horas de viagem de Natal até a capital sergipana. No time da antiga Rádio Poti a companhia sempre agradável, diga-se de passagem, do comentarista Domingos Sávio. Ao fundo, de camiseta amarela, o irreverente repórter Marco Aurélio. E ainda o tranquilo técnico Tony de Lima. Foi uma viagem e tanto, principalmente pela distância.

Seria o Palmeira a zebra deste Campeonato?


Antes mesmo de conseguir o acesso à primeira divisão do Estadual o Palmeira, de Goaininha, já conseguia visibilidade. O nome do até então desconhecido time correu o país graças ao goleiro da equipe que assumiu a homossexualidade num esporte cercado de machismo. Mas a história do goleiro é matéria vencida, como se costuma dizer no jornalismo. Nem por isso o Palmeira deixou os holofotes. Com duas rodadas disputadas o Palmeira é um dos líderes do campeonato ao lado, inclusive, dos dois grandes da capital, ABC e América. Se vai permanecer assim? Difícil prever! A manutenção de uma base, mesmo sem jogadores medalhões, pode explicar o bom aproveitamento da equipe até aqui. Além dos adversários dentro de campo o Palmeira terá que vencer o estereótipo de ser tão somente uma zebra ou ainda o cavalo paraguaio neste campeonato.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Esperemos, então


O alerta do América, na verdade, vem em tom de pedido: aguardemos. Com uma renovação que chega a casa dos quarenta por cento no elenco, a diretoria do clube pede ao torcedor cautela na hora de questionar ou pré-julgar qualquer um dos contratados. Críticas, então, só com a bola rolando! Em parte, o argumento dos dirigentes faz sentido, é precipitado rotular quem é ou não bom nesse grupo. Ao mesmo tempo em que a desconfiança do torcedor com jogadores vindos de clubes sem grande expressão, não merece também nosso descrédito. Eu, vou aderir a cautela, fazer valer a máxima do "dar tempo ao tempo".